Eu Já Estive Em “Yamesh: onde nasce a consciência”, de Feu Franco

Hoje vamos falar sobre Yamesh: onde nasce a consciência, obra de Feu Franco. Primeiro começo dando parabéns para o escritor que está fazendo todo o trabalho de divulgação de forma independente, ou seja, na raça mesmo e sabemos o quanto tudo isso dá de trabalho.
Agora vamos à obra. A história se passa na Terra e numa outra dimensão, se assim podemos chamar. A Terra se chama Malehk e o nome do personagem principal neste cenário é Austin. Já em Yamesh, o que a principio parece ser um outro planeta, o nome do personagem é Rihu. Em Malehk, Autin trabalha na Ninatec e tem seus muitos relatórios a fazer e a apresentar semanalmente. Já em Yamesh é um grande guerreiro, com um destino repleto de desafios.
Mas, aí precisamos explicar que Yamesh não é um plano astral, é um mundo real. A nossa existência lá é um complemento da nossa existência aqui, e as influências que temos lá, refletem aqui. Aí, o que pega é que quanto mais poder, mais consciência, quanto mais consciência mais poder. Sim, você terá dois cenários e duas histórias numa mesma leitura.
A mudança toda começa em uma noite da vida de Austin, depois do seu primeiro encontro digamos que romântico com Shay. A partir daí a vida nunca mais será a mesma, pois é depois dessa noite que ele passa a lembrar de suas duas vidas com frequência e passa a aprender a dar um rumo para as duas ao mesmo tempo.
O autor traz várias referências da cultura pop no livro, o que eu particularmente adoro, como a frase de Gandalf, O Cinzento: tudo que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado. Tem um outro momento divertido no livro quando o autor cita que “neste dia, eu alcançava o auge do meu momento Jon Snow – situação em que sabemos que vamos fazer bobagem, mas mesmo assim vamos lá e fazemos”.
Mesmo com todo o seu jeito nerd, Austin ainda consegue ser super romântico no seu primeiro encontro: “sentir seus lábios parecia mais distante do que inventar a Inteligência Artificial perfeita”.
Entre uns capítulos e outros, o autor nos coloca em tempo real com a obra, com hora e data do que está acontecendo, já que a vida em Yamesh parece passar mais lentamente do que aquilo na Terra, ou melhor, em Malehk.
Para entender o que rola com Austin, o leitor vai aprender também um pouco sobre gnose, já que os estados alterados de consciência são o caminho para os poderes mágicos.
Também percebemos que mesmo em outra dimensão há “divindades”, já que em seu diálogo com Clofinon este explica que “somos todos formas-pensamento”. Além do que, “seu corpo é o suporte da sua mente, que é a conexão para o seu todo”. Nesta hora, Autin como todo bom nerd faz a analogia: então meu corpo é o hardware e minha mente o software.
Resumindo, é uma obra cheia de referências divertidas, que nos coloca em contato com a possibilidade de outros mundos, dimensões, lugares para se viver, que não só a Terra, né? Mas até então eu só tinha pensado sobre viver outras vidas em outros planetas, dimensões etc. Nunca parei para pensar se é possível viver a mesma vida em lugares diferentes, enfim! Será que dá?
E mesmo sendo um cidadão comum as vezes, um guerreio, outras, tem algumas frases do livro que são muito a nossa cara no dia a dia:
- Às vezes, as coisas simplesmente acontecem.
- Quem não ajuda, não atrapalha.
- Não estou aqui para ajudar, estou aqui para falar o que você precisa ouvir.
- As escolhas mais difíceis requerem as vontades mais fortes.
- Quando alguém nos ataca e não desviamos, a dor nos pune.
- Somos frutos das nossas próprias escolhas.
- É quando nos sentimos mais confiantes que cometemos os erros mais comuns.
- Achar que as coisas são nossas e apenas nossas não nos leva a lugar algum. Pior ainda, achar que as pessoas são nossas posses só leva ao sofrimento, tristeza e ao ciúme.
- Quão perigosa é a nossa vontade de ter tudo e todos? Essa vontade foi (É?) um dos motivos do nosso atraso evolutivo.
- Onde há duas ou mais pessoas focadas na mesma vontade, , essa força pode derrubar gigantes.
- Magia é fazer o que se tem vontade.
- Eu cumpri a minha palavra e foi então que compreendi o quão gratificante era se comprometer, se dedicar, lutar e realizar o que se propõe, seja para si, seja para outrem.
Lançado em 2020, o livro físico tem 482 páginas. Também pode ser baixado no formato digital, ambos disponíveis na Amazon (amazon.com.br/Yamesh-nasce-consciência-Feu-Franco-ebook/dp/B087P42PT8/ref=tmm_kin_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr=).
E obrigada ao autor por ceder a obra para resenha.
Janaína Leme
@eujaestiveem