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Eu Já Estive Em “Frida Kahlo e as Cores da Vida”, de Caroline Bernard

Esse foi o primeiro livro do ano da Tag Livros, experiência que resolvi assinar ao longo de 2021. Além da experiência de ler o livro, acho que vale contar um pouco também sobre o trabalho da Tag em montar uma experiência completa. Independente do Mimo literário que vem todo mês (ah, a minha caixa é Inéditos), eles têm todo um cuidado em realmente te informar ao máximo sobre a obra.

No caso de Frida Kahlo e as Cores da Vida recebi o livro com a capa extra da Tag Livros num projeto gráfico assinado pela Amanda Cestaro, mesclando imagens de Frida, a cor da sua famosa Casa Azul e texturas que a artista usava não em seus quadros, mas em bordados e peças de roupa que também confeccionava.

Além do livro, os assinantes recebem também uma revista com mais informações sobre o livro, sobre a escritora e sobre a artista Frida Kahlo. Um ponto que gostei aqui é que durante a obra Frida se relaciona com inúmeros outros artistas e na revista há um breve perfil de alguns deles. E para quem prefere podcast, tem também. Ou seja, você é abastecido de informações para realmente imergir no livro que vai ler.

Sobre Frida Kahlo e as Cores da Vida, eu já acompanhava a história da artista, já havia lido a biografia original (Frida – A Biografia) e assistido ao filme também chamado Frida, de 2002, além de quadros vistos em exposição e da exposição infantil que aconteceu aqui em São Paulo, chamada Frida e Eu, anos atrás. Sendo assim, o livro, uma ficção de inspiração biográfica, foi uma forma de relembrar uma história que tanto gosto, acredito que com mais detalhes sobre as obras inseridos no contexto. Aliás o livro me fez lembrar demais o filme, tanto que em boa parte das vezes que parava para imaginar o que estava lendo, vinha em mente as imagens do filme, seja nas viagens de Frida para outros países, na sua festa de casamento, mas principalmente na cena final quando ela entra com a cama e tudo na sua exposição no México.

Enfim, como quem gosta de Frida Kahlo, sua obra, sua história e seu estilo de ser, não tem como não gostar do livro. Para quem nunca leu sobre a artista, vale muito, pois conta desde a poliomielite que a afligia na infância, passa pelo fatídico acidente aos 18 anos que a assombrou por toda vida, sua paixão por Alexandro, mas mais do que tudo sua paixão por Diego Rivera. Frida, assim como Diego, teve outras paixões durante a vida, mas nada explica o quanto ela e Diego se conectavam e o quanto um era importante para o outro. Acho o máximo como a autora descreve essa parte da relação da Frida: era como um elástico que as vezes precisava tensionar e se de distanciar ao máximo para depois voltar e ficar junto.

Sobre Caroline Bernard, esse é o pseudônimo que Tania Schlie usa para escrever sobre personagens femininas de destaques, com nova obra a caminho agora em 2021.

Algumas frases da inesquecível Frida Kahlo:

⁃ Quem diria que as manchas vivem e ajudam a viver? Tinta, sangue, cheiro (…). O que faria eu sem o absurdo e o fugaz?

⁃ Espero alegre a minha partida – e desejo não retornar nunca mais.

⁃ Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.

⁃ Essas são duas mulheres que tenho dentro de mim: a mulher que quer viver do jeito que lhe convém e a mulher que carrega a carga da tradição e da história.

⁃ Dostoiévski é mestre em descrever o inferno interior.

⁃ Agora, ainda estou presa, mas num mundo colorido (quando começou a pintar no hospital durante sua internação).

⁃ Então, eu vivo na minha pintura. A vida é bela demais, colorida demais, para ser apenas suportada. Quero apreciá-la, quero sentir alegria e amor.

⁃ O que a vida lhe deu hoje?

⁃ Cada estrela é um momento feliz!

⁃ Nunca mais vou fechar os olhos as coisas que me desagradam.

⁃ Eu posso evitar qualquer dor, independentemente do seu tamanho. Não posso apagá-la, mas posso enfrentá-la em meus quadros.

⁃ Sem meus quadros eu já estaria louca. Eles me ajudaram a superar meus lutos, minha dores. Quando pintava, todos os bebês mortos, a infidelidade de Diego, as dores nas costas desapareciam por algum tempo. Meus quadros me tornaram independente das asperezas da vida.

Quem não é assinante TAG Livros, pode procurar pela no site também. Editado pela Tordesilhas.

Janaína Leme

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