Eu Já Estive Em “A Última Livraria da Minha Rua”, de Cléo Busatto

Ah! Quantos segredos têm uma livraria? Você pode andar por ela todo o tempo e sempre vai encontrar algo que não viu, uma nova história! E é a história de Benjamin e Tati que Cleo Busatto traz aos leitores de “A Última Livraria da Minha Rua”.
Benjamin tem 10 anos e adora ir para a livraria onde sua mãe trabalha e acompanhar toda a agitação do lugar, em especial aos sábados quando acontecem as contações de história. E é durante uma contação de histórias que ele percebe a presença de uma menina, a Tati, que faz chegar em suas mãos um bilhete com um pedido de ajuda: buscar uma forma de sair escondida de dentro da livraria.
A meu ver, o livro tem dois momentos: toda a aventura de Benjamin e Tati por dentro da livraria e a pausa para o descobrimento da amizade que nasce entre os dois, a parte mais fofa na minha opinião. De uma forma sutil, Cléo pinça alguns assuntos como alcoolismo, bullying, a importância da terapia, mas é incrível a forma como a autora mostra a criança sendo criança, crescendo numa boa, tudo no seu tempo.
Entre as partes que mais me marcou no livro está o fato da avó, que por ser analfabeta, pegava o livro na estante, folheava e inventava a história para a criança, e esta, quando aprendeu a ler, entendeu com muito amor o gesto da avó que por anos, que a entreteu com toda a criatividade de uma contadora de história. Cléo Busatto tem muitos livros publicados, e ao ler “A Última Livraria da Minha Rua”, é possível pegar referências de outras obras, como “Um Lago, Um Menino e A Lua”.
Vamos a alguns pequenos trechos do livro:
“Seu José não era apenas um livreiro, mas antes de tudo era um grande incentivador da leitura. Era o homem de um livro em cada mão. Quem não podia pagar, ganhava um.”
“Uma vida dependia de mim e eu precisava encontrar coragem para ajudar a garota. Isso tudo mexia com os meus nervos”.
“Livros sempre me surpreendem e alguns trazem soluções nas quais nunca pensei”.
“Há coisas que melhor se dizem calando”.
Sinopse: esta novela juvenil é narrada por Benjamim, aos 23 anos. Ele relembra uma passagem da sua vida, aos dez anos. Livrarias e bibliotecas costumam ser lugares tranquilos, aconchegantes e seguros. Afinal, são lugares de história e imaginação. Assim era para Benjamin, um menino que acompanhava sua mãe a uma livraria onde ela trabalhava. Mas numa manhã de sábado, enquanto ouvia uma contadora de histórias, esse local passou também a ser de mistério e descobertas, com a chegada de uma menina, Tati. Com um olhar apavorado, ela entrega a Benjamin um bilhete, um pedido de ajuda. A partir daí, os dois se embrenham por passagens desconhecidas, enquanto desvendam a história de cada um.
Sobre a autora: Cléo Busatto é uma artista da palavra. Autora de mais de 40 obras entre ficção, não ficção, infantojuvenis e mídias digitais, que venderam em torno de 415 mil exemplares. Seus livros foram agraciados com prêmios qualificados por instituições especializadas e dedicadas à literatura infantil e juvenil, como Pedro e o Cruzeiro do Sul finalista do 1º Prêmio Barco a Vapor, 2005 e A fofa do terceiro andar, finalista do Prêmio Jabuti, na categoria juvenil em 2016. Também selecionados para catálogos de feiras internacionais como o da Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália e Frankfurt 2015. As obras também foram escolhidas para programas de leitura governamentais, tanto federal, como para estados e municípios. Contou histórias para mais de 150 mil pessoas em 263 municípios do Brasil e exterior. Produziu e narrou histórias no meio digital, resultado de uma pesquisa que originou 5 mídias e 3 livros e foi o tema da sua dissertação de mestrado na UFSC. Formou em torno de 80 mil pessoas em oficinas e palestras com os temas: narração oral, leitura e literatura. Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Como reconhecimento oficial de sua atuação, Cléo Busatto recebeu honrarias de diferentes instituições estatais, a saber: • 2021 – Prêmio Baobá oferecido pela Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo. • 2020 – Prêmio Jornada em Reconhecimento à Trajetória conferido pela Secretaria da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. • 2020 – Membro da AILB – Academia Internacional de Literatura Brasileira. • 2018 – Prêmio Cléo Busatto, Contação de histórias – instituído pela Secretaria de Cultura de Terra Boa, PR. • 2017 – Grau de Comendador da Ordem Estadual do Pinheiro conferido pelo Governo do Estado do Paraná. • 2017 – Prêmio Joia da Matriz conferido pela Prefeitura Municipal de Curitiba. • 2012 – Distinção honorífica literária, Medalha do Mérito Fernando Amaro conferida pela Câmara Municipal de Curitiba. Suas mais recentes ações literárias foram Literatura a língua que nos une, circulação literária pela Europa junto às instituições que trabalham com o português como língua de herança (2017, 2018, 2019 e 2021). O projeto de formação de mediadores de leitura, De Caso com a Palavra realizou duas edições (2012-2014 e 2016-2018), em 36 cidades do Paraná. Capacitou 900 pessoas e oportunizou o acesso a 12 mil pessoas. Já com a intervenção artística-literária Histórias da Cléo realizou três edições 2014, 2016 e 2019, em 29 cidades do Paraná, todas com menos de 20 mil habitantes. Em torno de 12,9 mil pessoas tiveram acesso gratuito ao projeto. Em 2023 realiza a 4ª edição.
A Última Livraria da Minha Rua, de Cléo Busatto, indicado ao publico infanto-juvenil, foi lançado em fevereiro de 2023, tem 104 páginas e está à venda nas livrarias de todo o Brasil, assim como nas plataformas de e-commerce. O livro tem ilustrações lindas, que nos fazem viajar junto com a história. Você também consegue falar com a Cléo em suas redes sociais – (@cleo_busatto) no Instagram.