Eu Já Estive Em “O Início do Fim”, de Lucas M. Araújo

Ah, como foi legal conhecer Palmas, em Tocantins, a Praça dos Girassóis e todos os personagens que compõem a história “O Início do Fim”, de Lucas M. Araújo. São muitos os personagens nesta trama – e não estamos falando dos zumbis. Charles, Monstro, Emu, Cris, Thabs, George, Felipe, Póka e Leafarneo são os nossos protagonistas. Cada um assume a cena em seu momento, mas todos eles trazem aquela nostalgia de como é importante as amizades que fazemos durante a faculdade, principalmente quando saímos de casa para estudar e buscamos um colo entre os nossos amigos mais próximos enquanto estamos longe dos pais.
Mas, claro que nem tudo são flores e um experimento que está rolando no Hospital Geral de Palmas coloca a cidade inteira em perigo. Os protagonistas vão descobrindo o que está acontecendo – o possível ataque zumbi – aos poucos, e assim assumindo o papel na história. Os capítulos são curtos, o que estimula ainda mais a leitura, e intercalados entre os núcleos, o que nos faz ficar intrigado porque, ao mesmo tempo que algo acontece com Cris e Thabs, por exemplo, algo está rolando entre Charles, Monstro e Emu e temos que esperar o próximo capítulo para retomar cada uma das partes. Ah, é muito legal ver que, mesmo com tantos personagens, eles se cuidam e se protegem entre si, além de respeitarem as decisões em grupo.
O autor, Lucas M. Araújo, já adianta que se trata de uma trilogia. Hoje disponível temos o livro um, mas, com muita alegria já conferimos e em breve teremos o segundo livro em mãos \o/. Vale ficar de olho nas redes sociais do Lucas para conferir as novidades. E mesmo com todos os zumbis correndo pela cidade, já adianto que o primeiro livro tem, dentro do possível, um final feliz 😊
A história acontece em 2012, tem um prólogo que aproxima o autor dos leitores e é muito bem diagramado. A médica Rosangela também tem um papel importante na trama, assim como Délia e Claus. Descobri o que é uma latinha de Kitut durante a história, e deixo aqui alguns pequenos trechos da obra para conhecerem mais sobre o trabalho do autor.
“Depois de conduzir a remoção de um grupo de pacientes a serem alocados do outro lado da cidade, Carina entrou na sua sala e trancou as portas. Não queria mais dar entrevistas. Não estava disposta a continuar ignorando questionamento de curiosos, para os quais ela não tinha respostas.”
“O medo começou a tomar conta de João. Os braços dele tremiam. Os músculos de sua perna se contraiam sem parar. Com o coração tamborilando em descompasso, ele quebrou o vidro de um armário de emergência para pegar o machado que estava na parede.”
“Meu. Mais um personagem de nome caricato para uma república cheia de personalidade. Meu carregava consigo seu apelido desde os primórdios de sua vida escolar. Era o típico nerd gênio e lerdo que entrou na faculdade com quinze anos de idade.”
“Como de costume, Felipe se levantou e foi até a sala, onde dormiam Póka, em um colchão no chão, Leafarneo em um sofá e George no outro. Já deu pra sentir que os alunos do curso de Sistemas da Unibratins não duram dois dias sem um apelido, não é?”
“Sobreviver! Que coisa melhor? Andar de carro novo o tempo todo, viajar por aí, explodir cabeças… – disse Póka, animado com o possível estilo de vida que seguiria dali para frente.”
Sinopse: e se você acordasse em meio a um apocalipse zumbi? É assim que o dia começa para Charles, Monstro e Emu. Desde o início da faculdade, eles são como unha, carne e cutícula. Eles se apoiaram tanto uns nos outros que resolveram até morar juntos na República Nerd, onde o maior pesadelo é a próxima prova de algoritmos. Porém, tudo muda quando um incidente no Hospital Geral de Palmas dá início a um apocalipse zumbi e eles são impedidos pelo exército de deixar a cidade. O destino dos três parece determinado até que eles encontram Cris e Thabs, duas amigas que também são expostas ao horror do apocalipse. E por uma coincidência (que de coincidência não tem nada), o grupo também encontra George, Felipe, Póka e Leafarneo em meio ao caos. Cada hora após o início do fim é como um filme de terror cuja tensão constante revira o estômago. Quanto mais o tempo passa, eles percebem que há inimigos muito mais perigosos do que os mortos-vivos que dominam a cidade. E que mais do que nunca, precisam confiar uns nos outros se quiserem manter seus intestinos longe dos devoradores de carne. Neste primeiro livro da trilogia, com sua narrativa peculiar, Lucas entrega uma história comovente sobre amizade, sobrevivência e o fim do mundo.
Lucas M. Araujo começou a escrever livros aos 15 anos, mas desde muito antes, já era apaixonado pela leitura. Ele sempre imaginou que há muito mais no mundo do que os olhos podem enxergar. E foi nessa imaginação que o fez escrever também O Soneto do Apocalipse e A Ordem do Caos. O Início do Fim ainda não teve seus direitos negociados para o audiovisual, mas este é um sonho que ele nutre desde quando deu vida aos mortos pela primeira vez. Atualmente, mora em Vancouver com o marido e duas gatinhas, com personalidade mais instigante que ele próprio.
“O Início do Fim”, de Lucas M. Araújo, tem 213 páginas, está disponível no formato impresso por R$34,37 e no formato digital por R$14,90. Também está no catálogo do Kindle Unlimited para assinantes. Lucas tem outros livros escritos, também disponíveis na Amazon, e vale ficar de olho nas redes sociais do escrito para estar por dentro da continuação da história. Os meus resenhados estão em https://amzn.to/3DpiP8V.
Janaína Leme
@eujaestiveem