Eu Já Estive Em “Rapina – Não confie em Andróides”, de Gabriel Rosario, publicação de Rock Melon
Hoje vamos de ficção científica! “Rapina – Não confie em Andróides”, de Gabriel Rosario, ganha as estrelas de um dos melhores livros lidos em 2023. Foram anos trabalhando na obra para que ela ficasse como o autor esperava e, diante do nosso feedback e dos retornos ouvidos na leitura coletiva que participamos, méritos conquistados com sucesso.

Entre as partes que chamam muita atenção na obra. Gabriel traz um livro de ficção científica a estilo Blade Runner que se passa aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, na Ilha de Paquetá, em Uruguaiana, e outros cenários do Rio. Isso engrandece a obra porque os leitores se familiarizam com o cenário, mesmo a história se passando centena de anos à frente.
Peter Pijean, um ex-combatente, está tentando encontrar objetos que valem ser trocados/vendidos pelas lojas informais de Uruguaiana, já que precisa encontrar uma forma de juntar grana para pagar aluguel. Enquanto isso, segue morando de favor. As batalhas não o deixam em paz e ele luta contra seu passado e contra humanos, androides e outros tantos perrengues ao longo da trama que pode ser um livro e tanto para que gosta de batalhas. É uma leitura imersiva, com capítulos que te prendem e fazem com que você queira saber mais.
O livro é dividido em três partes Peter, Lu e Cinco. Você não vai precisar imergir na obra, os capítulos já começam acontecendo e apesar de ser um livro robusto, com mais de 400 páginas, tem uma diagramação fluída e toda a história tem começo, meio e fim em um único exemplar.
Vamos aproveitar a resenha para responder três perguntas que o autor nos fez: Os top três personagens e por quê?
Eva, porque sempre vou buscar por mulheres fortes nos livros e ela transita bem por todos e ainda consegue conversar e despertar um olhar mais humano na Lu – o núcleo (andróide) que vai ganhar bastante destaque na trama, depois Peter, por ser essencial na obra – o protagonista e em terceiro Marcius por ser o suporte (o melhor amigo) de Peter durante todo o livro, acho que até mesmo sem Peter perceber.
– As top três cenas e por quê?
Como minha personagem preferida é a Eva, acabei me identificando mais as cenas em que o protagonismo dela está em alta. Na prisão, quando ela está prestes a ser enforcada é a minha cena preferida, principalmente por conta do equipamento que ela tem em mãos. Também gosto da cena em que a Lu dialoga com o irmão dela tentando justificar que núcleos também podem mudar. E, não é uma cena específica, mas todas às vezes em que Peter conversa com a casa, são cenas que gosto muito porque adoro a ideia de casa inteligente e acho que é o futuro mais próximo da tecnologia que o livro nos traz, apesar de gostar bastante do aero – forma de locomoção, mas sabemos que esse é mais complexo de rolar por aqui tão cedo.
– Se pudessem mudar qualquer coisa na obra, o que seria?
Não me julgo capaz de sugerir mudanças na obra, escrever é um dom e só autores podem mexer em suas obras de arte, seus livros. Para mim o livro tem muito a dizer como ele está aqui e sempre que lido ganha novos ares, então só ser lido e ser feliz.
Vamos deixar aqui alguns trechos do livro:
“O tempo voa. E está se lixando para todos nós.”
“Não me importo com um planeta que não se importa comigo.”
“Eu que estou em desvantagem, tendo que confiar em um mero humano. Se vocês já são desonestos por natureza, o que dizer de um que deseja se passar por centroriano?”
“Ao contrário dos humanos e centrorianos biológicos, eu não preciso parar para dormir ou me alimentar – explicou. – E vocês têm a limitação da velocidade com que conseguem ler ou ouvir a informação.”
“Cidadão, você está contente com a cidade em que vive? Está satisfeito com as pessoas despejadas de suas casas? Com os coletivos lotados e as pessoas morrendo nas filas dos hospitais? Com esse pão e circo em que o governo te mantém?
Sinopse: Quando um androide aterroriza o Rio de Janeiro de 2200 com uma arma que desafia as leis da física, um ex-oficial atormentado se arrisca no fogo cruzado de militares e mercenários para capturar a tecnologia inovadora e, assim, resgatar a amada no planeta inimigo. No Rio de Janeiro de 2200, uma cidade culturalmente diversa e dominada pela corrupção, o ex-militar Peter Pijean tenta pagar os aluguéis atrasados enquanto se afunda nas lembranças da esposa. Centrória, o planeta inimigo onde ela se encontra, parece uma realidade muito distante. O cenário desolador muda quando Peter é atacado por um androide centroriano e sobrevive. Percebendo que a tecnologia do oponente valeria milhões no mercado clandestino, o suficiente para financiar uma invasão à Centrória, ele inicia a caçada, ciente de que não é o único interessado na recompensa. Sem recursos para competir à altura dos militares e mercenários, Peter conta apenas com sua experiência e a inusitada ajuda de uma inteligência artificial com intenções duvidosas. Rapina: Não confie em androides traz uma narrativa cyberpunk ágil, repleta de ação e suspense, escrita para amantes de Ghost in the Shell e Blade Runner.
Sobre o autor: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com foco em Inteligência Artificial, Gabriel Rosario é um apaixonado por tecnologia e ficção que uniu os dois interesses para publicar “Rapina: Não confie em androides”, seu romance de estreia na literatura. Quando não está escrevendo ou servindo uma rodada de Jägerbombs, soluciona mistérios como especialista de dados.
“Rapina – Não confie em Andróides”, escrito por Gabriel Rosario, foi publicado por Rock Melon, tem 440 páginas e está disponível no formato impresso e digital nas plataformas de e-commerce.
Janaína Leme
@eujaestiveem