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Eu Já Estive Em “O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos”, da Editora Vestígio

Recomendado por Tom Hanks e com ares de Forest Gump – O contator de Histórias, “O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos”, escrito por David Von Drehle, publicado pela Editora Vestígio, é aconchegante. Aquela leitura que te brilha os olhos por tantos aprendizados e exemplos de como viver muito, com coragem e muita disposição para experimentar a vida.

O capítulo ‘Um’ é uma apresentação do autor sobre a obra: “Não é o livro que meus filhos pediram, mas acredito que seja um livro do qual vão precisar. Porque é um livro sobre como sobreviver, e até mesmo prosperar, em meio às adversidades e a tantas mudanças revolucionárias.”

No capítulo ‘Dois’ o autor apresenta sua família. Ele chegou em Kansas City em 2007, com Karen, sua esposa, e os filhos de 9, 7, 6 e 4 anos. E lá estava Charlie lavando em sua garagem – em frente – um Chrysler PT Cruise cor Fanta Uva. Como referência o ano em que o autor conheceu Charlie, foi o ano em que a Apple apresentou seu primeiro iPhone. E, ok, como dito no livro, ninguém que começa uma amizade com um homem de 102 anos espera estar dando início a uma longa amizade, mesmo porque, segundo a Administração da Previdência Social, de um grupo de 100 mil homens, apenas 350, – menos de 1% – chega a 102 anos. E olha que ele vai além dessa idade, hein!

Na sequência, o autor apresenta Charlie e conta a história da infância dele. Leonino, nasceu um 16 de agosto de 1905. Veio de uma família onde o pai recuperava igrejas que estavam falindo, até acabar mudando para Kansas City e sendo vítima da evolução da cidade. É nesta cidade que Charlie sofre a primeira grande dificuldade na vida.  O autor mescla Freud, Jung e outros aprendizados à vida de Charlie e assim passamos a ter algumas referências do personagem para usar em nossas vidas. Nos primeiros quatro capítulos, tem psicologia, mas tem abuso sexual também. O protagonista vai para um acampamento para aprender a lidar com seu primeiro trauma e sofre um segundo. Ele nunca comprovou o acontecido e o autor também não o confrontou sobre os fatos.

No capítulo 5 ele conta da viagem de Charlie com os amigos pela Califórnia de carro, também passa um pouco pela história dos automóveis, dos trens, das linhas ferroviárias e das estradas que cortam a Califórnia. Foi nesse capítulo que cruzei fortemente o livro com Forrest Gump, o clássico filme de Tom Hanks, vendo o livro como uma grande contação de histórias. O autor destaca a coragem em uma estória onde todos são corajosos e, segundo David, nessas horas, frente ao medo, é melhor ter coragem mesmo. Pelo menos, combina mais com Charlie.

Os últimos capítulos foram focados na trajetória dele como médico, como fez carreira, como lidou com as mudanças que a medicina impõe no dia a dia. Estamos falando de 100 anos de evolução, de quando não existia penicilina, de quando para abrir o peito para uma cirurgia de coração, o paciente tinha que ser esfriado em um tanque com gelo, para diminuir o volume de sangue circulando pelo corpo. Foram inúmeros os avanços e Charlie esteve lá até e enquanto aguentou, por volta dos seus 90 anos.

Abrir um sorriso, independente da situação, acho que foi o maior aprendizado da obra. Deixando claro que esse não é um livro de autoajuda, é um livro de histórias e você aprende com cada uma delas.

E, enquanto todas essas histórias são contadas, o autor vai trazendo aprendizados:

“Não se pode mudar o que houve, nem controlar por inteiro aquilo que será, mas você pode escolher quem você é, o que defende e o que tentará realizar.”

“Em meio à depressão ou à ansiedade, qualquer passo afirmativo é melhor do que a paralisia. Ação promove mais ação; decisão produz decisão; viver gera vida.”

“As adversidades não são encaradas da mesma maneira pelas pessoas. Na verdade, algumas ficam enredadas na adversidade; outras a usam para garantir sua liberdade mais verdadeira.”

“Os estudantes deveriam ser incentivados a aprender como produzir um website simples, assim como deveriam aprender a trocar a torneira que vaza e plantar um jardim. Competência gera competência; é um antídoto para a sensação de que a mudança é uma força hostil abarcando, em seu curso, o mundo desamparado.”

“Charlie apostou seu futuro na luz: ‘Se você for negativo, todo o seu corpo sofre. Uma pessoa negativa desmorona porque o alimento que é fornecido com o otimismo, não está presente”. Um otimista não nega as trevas.”

“A experiência nos molda. E nós moldamos nossas experiências transformando-as em nossas histórias de vida.”

“Não há como viver sem cometer erros”.

Sinopse: Uma história de amizade entre um médico centenário e um jornalista, repleta de lições e segredos para uma vida longa e feliz. Quando o jornalista David von Drehle se mudou de Washington para Kansas City, não imaginou que sua vida iria mudar completamente e de uma maneira bem inesperada: ao ver seu vizinho Charlie White lavando o carro da namorada. Detalhe: na ocasião, Charlie tinha 102 anos. Começava ali uma forte amizade – e, para David, uma profunda lição sobre o sentido da vida. Charlie White não era um vizinho qualquer: era alguém que nasceu antes da invenção do rádio, mas viveu tempo suficiente para usar um smartphone. Alguém cuja infância foi interrompida por uma tragédia chocante, mas que desenvolveu estratégias de sobrevivência que refletem milhares de anos de sabedoria humana. Alguém cujo espírito de aventura e de amor pela vida levou-o a fazer uma viagem épica através dos Estados Unidos e a participar de shows da Era do Jazz nos anos 1920, a cruzar a cidade a bordo de ambulâncias durante as guerras de gângsters na década de 1930, a improvisar técnicas para as primeiras cirurgias de coração aberto e a viajar pela Amazônia nos anos 1950 como convidado do presidente do Peru – e isso apenas durante a primeira metade da vida. David Von Drehle compreendeu que a resiliência de Charlie era o que fazia dele uma pessoa extraordinária, um mestre na arte de prosperar em tempos de mudanças dramáticas. Inspirado por essa convivência inusitada, David decidiu registrar em livro tudo o que aprendeu com Charlie de forma que seus próprios filhos também aprendessem a ser destemidos na busca de uma vida boa, feliz e significativa.

Sobre o Autor: David Von Drehle é colunista do The Washington Post, onde escreve sobre assuntos nacionais e política a partir de uma base no oeste norte-americano. Entrou para o jornal em 2017, depois de uma década na Time, onde escreveu mais de 60 reportagens de capa como editor-geral. É autor de vários livros, incluindo o premiado bestseller Triangle: The Fire That Changed America. Vive em Kansas City com a sua mulher, a jornalista Karen Ball, com quem tem quatro filhos.

“O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos”, escrito por David Von Drehle, publicado pela Editora Vestígio, tem 224 páginas e está disponível nas livrarias de todo o Brasil e também nas plataformas de e-commerce.

Janaína Leme

@eujaestiveem

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