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Eu Já Estive Em “Em Nome do Papa”, de Babi Borghese

Jornalista, leonina, que gosta de viajar, de pesquisar e que adora aprender coisas, astrologia, energia ancestralidade! Parecia que Babi me conhecia há anos quando me indicou para ler o livro dela. Então, hoje o nosso assunto aqui é “Em Nome do Papa”, de Babi Borghese.

Vamos conhecer Solana, jornalista, leonina, que viaja para se reenergizar e que decide pesquisar a fundo seu passado, buscar sua ancestralidade. Como cenário temos São Paulo, onde Solana efetivamente mora, algumas cidades onde ela viaja atualmente, como o Jalapão, Edimburgo, Glastonbury, e a Itália. Aí temos a Itália do passado, de 1600 e pouco e a Itália atualmente, onde Solana vai pesquisar mais sobre sua história.

Os capítulos do livro começam em uma época mais atual, 2015, vai seguindo com o passar dos anos, e quando a protagonista Solana, decide efetivamente trabalhar na busca pelo seu passado, passam a ser intercalados entre o momento atual de Solana e um passado que se passa a partir de 1607. A partir de então a história vai se intercalando entre a busca de Solana por seu passado e o que estava acontecendo realmente neste passado. As fontes do texto também mudam, tem uma fonte para a atualidade e outra fonte – tipo de letra – para os capítulos do passado.

Nos capítulos iniciais, antes de Solana estar certa da busca por seu passado, a autora destaca a busca por conhecimento e espiritualidade desta personagem. São viagens em grupos para meditação, papo com os amigos para discutir novas formas de ver a vida, mas tudo muito realista, nada com o ar motivacional. São as sessões de regressão que ajudam Solana a ir mais a fundo nessa busca por seu passado e aprendi muito com a narrativa dessas sessões. Inclusive deixei anotado aqui o termo “memória dimensional” para perguntar mais sobre o assunto para a autora, já que não encontrei detalhes em pesquisas e eu, particularmente, nunca tinha ouvido falar sobre.

Imagino eu que o trabalho de pesquisa para escrever esse livro tenha sido algo imensurável porque tem todo o contexto do passado, onde a autora fala sobre a Vila Borghese, o Vaticano, Capela Sistina, Caravaggio, Galileo, Copérnico, e todo o contexto atual onde Solana está in loco fazendo toda a pesquisa, tendo que se virar porque estava um calor absurdo na Itália, mas para entrar na biblioteca do Vaticano precisava estar vestida adequadamente e dá-lhe trocar de roupa, usar um echarpe e, assim vai. Um dos meus capítulos preferidos, aliás, é o 25 – Roma, 2018, porque mostra o quanto é complexo fazer uma pesquisa no Vaticano. Ah, e a lei da Itália que não pode servir bebida alcóolica sem um acepipe, mais uma que aprendi aqui também.

Em suas andanças por São Paulo, Solana passa pelo Museu de Arte Contemporânea e abraça o gato de pelúcia gigante. É tão fofo esse gato, se você não conhece, precisa visitar o Museu e conhecer, fica bem no hall de entrada. A ligação de Solana com Dora também é bem interessante. Dora é uma amiga, faz as regressões, está à frente do “Espaço Solares Alquimia”, é quase que uma terapeuta, é parte do grupo de viagens de Solana, enfim elas têm uma ligação bem próxima e que interfere bastante, de forma positiva, na vida de Solana e na história. Ah, as sessões de regressão são alquímicas, também aprendi nessa leitura. Uma das viagens tem como destino Jalapão e adorei ler mais sobre porque está aqui nos meus destinos a serem visitados ainda.

Enfim, o livro tem muita história para contar, é muito bem escrito e diagramado e a Babi acertou precisamente nesta indicação, já que eu adoro livro que aprendo, leitura que me ensina!

“Para um bom leonino, não saber se valorizar é a morte.”

“Gato filtra energia, dizia ela. Se ele interage com você, é porque tem um trabalho a fazer. Deixe-o trabalhar.”

“A diferença é que energia é matéria liberada e matéria é energia esperando acontecer.”

“Sei que você quer descobrir tudo, mas na verdade, você só tem que descobrir o que você precisa. Confie.”

Sinopse: A jornalista cultural Solana Borghese dedica-se a estudos de alquimia e parte pelo mundo com alguns colegas para conhecer lugares demarcados pelas Linhas Ley – vórtices de energia que cruzam o planeta Terra. Uma dessas jornadas a leva a rever seu passado na Itália dos “seiscentos”, época em que os Estados da Igreja, Caravaggio, Bernini e Galileo traçavam os rumos da política, da religião, da arte e da ciência. Desvende com Solana essa eletrizante fase da história da civilização. Viaje com ela pela Escócia medieval, a lendária Ilha de Avalon, a Roma barroca e a São Paulo contemporânea, além do atemporal deserto do Jalapão. Vasculhe com a protagonista os Arquivos Secretos do Vaticano e o Zodíaco de Glastonbury. Ajude-a a decifrar o enigma que a assola: quem foi ela, afinal?

Sobre a autora: Paulistana cm um pezinho no resto do mundo, Babi Borghese sempre que pode dá umas viajadas, o que lhe permitiu já ter levado sua mochila de estimação para passear em muitos países e também por vários pedacinhos de Brasis. Formou-se em Publicidade. Trabalhou com produção de jingles no studio Spalla até a invasão do sintetizador, quando tudo perdeu a graça. Foi fazer anúncio de cliente direto para o After Eight, um jornal que falava da noite de São Paulo – baladas mil, com redação dentro de um bar, o House. Num pulo virou jornalista. Cultural, sempre (nunca cobriu greve nem buraco de rua). Depois fez assessoria de imprensa (de casa noturna, teatro televisão, jamais de político ou jeans desbotado). Trabalhou também na Rede Record, depois seguiu para o Itaú Cultural, onde passou atuar com comunicação corporativa por quase 20 anos, obtendo o reconhecimento da Who’s Who Storical Society americana (2001-2002). Desde 2013 dedica-se a frelas e projetos pessoais, como este, em outro instigante desafio. Agradece ao Universo pelas delícias de navegar meio sem leme, deixando a vida seguir a maré.

“Em Nome do Papa”, de Babi Borghese, foi publicado pela Chiado Books, tem 320 páginas e está disponível nas plataformas de e-commerce no formato impresso e digital.

Janaína Leme

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