‘A MÁQUINA’ de João Falcão em nova montagem depois de 25 anos

Exatamente 25 anos depois de sua estreia no galpão do Armazém 14, no Recife, A Máquina, premiado espetáculo adaptado do romance homônimo de Adriana Falcão, e dirigido pelo renomado encenador pernambucano João Falcão, volta aos palcos do Brasil. A peça, que marcou a história da dramaturgia brasileira por sua inventividade e revelou ao país os talentos de um quarteto pouco modesto: Wagner Moura, Lázaro Ramos, Gustavo Falcão e Vladimir Brichta – até então desconhecidos do grande público, estreia dia 9 de outubro, no novíssimo TEATROIQUÈ, em São Paulo. A montagem ficará em cartaz até dezembro e deve circular nas principais capitais do país a partir de 2026.
Era extraordinário que João, na época o diretor mais em evidência no Brasil quisesse fazer uma peça conosco. De repente a gente estava no mundo, A Máquina trouxe o mundo pra gente. (Wagner Moura)
O enredo convida o espectador a adentrar a fictícia cidade de Nordestina, um lugar comum, sem recursos, como tantas cidades do interior do Brasil, onde o jovem Antônio decide mudar seu destino — e o do mundo — para impedir a partida de sua amada Karina. Para isso, promete o impossível: viajar no tempo e trazer o mundo até sua cidade.
Era a história desse homem que queria fazer com que seu amor permanecesse em Nordestina, na terra deles, e pra isso ele ia pro futuro. E a gente pensava muito nisso, qual era o futuro que a gente queria construir. (Lázaro Ramos)
Na nova montagem Antônio ganha vida através dos jovens atores Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto, do celebrado e premiado coletivo Ocutá (‘O Avesso da Pele’). Karina, por sua vez, será interpretada por Agnes Brichta, filha do ator Vladimir Brichta, um dos Antônios na montagem original.
Vinte e cinco anos depois da estreia no Recife, João Falcão se sentiu novamente desafiado a reconstruir aquela enorme engrenagem (mais de 600 quilos de cenário), um palco giratório que representa a passagem deste que Maria Bethânia chama de compositor de destinos, o tempo.
Ao contrário de outras montagens suas de sucesso, como ‘A dona da história’ (1997), ‘Uma noite na lua’ (1998) e ‘Gonzagão – A lenda’ (2015), “A Máquina foi muito mais falada do que vista”, conta João. Isso porque os limites da estrutura cenográfica – que comportava um público reduzido a cada sessão – e a agenda cada vez mais disputada dos atores, acabaram por aguçar ainda mais a curiosidade de muitos sobre o porquê do sucesso da peça. “Chegou a hora de mais gente conhecer Nordestina e a história de Antônio e Karina”.
Que bons ventos façam girar essa nova máquina, com esses novos Antônios e essa nova Karina (Adriana Falcão)
SERVIÇO
TEATROIQUĖ (Rua Iquiririm, 110 – Vila Indiana – Butantã – São Paulo)
Temporada: de 09 de outubro a 14 de dezembro de 2025*
Horário: Quinta e Sexta, às 21h | Sábado, às 18h e 21h | Domingo, às 18h
Ingressos: R$150 (Inteira) e R$75 (meia), à venda pelo Sympla.
Lotação 200 lugares
Duração: 70 minutos
Classificação: Livre
*dia 25/10 não haverá espetáculo
FICHA TÉCNICA
Baseado no livro de Adriana Falcão
Adaptação e Direção: João Falcão
Elenco: Agnes Brichta, Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto
Co-direção e Preparação Corporal: Gustavo Falcão
Cenografia: João Falcão e Vanessa Poitena
Cenografia Original: João Falcão e Denis Nascimento
Assistente de Cenografia: Renata Garcia
Equipe Cenotécnica: Cia Malagueta
Figurino: Chris Garrido
Assistente de Figurino: Maria Helena Alcântara
Camareira: Valquiria Reducino
Visagismo: Louise Helène
Trilha Sonora Original: DJ Dolores
Direção Musical: Ricco Viana
Desenho de Som: Raul Teixeira / Edézio Aragão / Thiago Schin
Desenho de Luz: Cesar de Ramires
Operação de Luz: Daniel Galván
Operação de Som: Edézio Aragão / Thiago Schin
Assistente de Direção e Comunicação: Duda Martins
Assistente de Direção e Produção: Jofrancis
Design de Projeto: Helbert Rodrigues
Fotos: Flora Negri e Leonardo Bonato
Redes Sociais: Alexandre Ammano e Caroli
Financeiro: Nicole Bitu
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação – Vanessa Cardoso e Daniela Cavalcanti
Direção de Produção: Clayton Marques e Oliver Tibeau
Produção e Videomaker: Daniel Bianchi
Co-realização: TeatroIquè e Coletivo Ocutá
Realização: MaquinaMaquina Produções
Financeiro: Nicole Bitu
Assessoria Jurídica: Rafael Novaes e Amanda Mayumi
Assessoria contábil: Fratem