Vinícola Góes é opção de passeio não só durante o Festival de Inverno
A estrada do vinho em São Roque, no interior de São Paulo, está bombando nestas férias de julho, especialmente, a Vinícola Góes, que está promovendo o seu Festival de Inverno, com muitas atrações para o público. Mas, independente de tudo o que tem para fazer durante o Festival, a grande estrela sem a menor sombra de dúvidas continua sendo o tradicional vinho Góes.
Fomos convidados para fazer o tour pela vinícola. Ele dura 1h30, custa R$35,00 por pessoa e dá direito a degustar três vinhos e uma espumante. Sendo que todos que compram o passeio ganham R$10,00 de desconto na compra de um vinho indicado na promoção depois. Participam de 20 a 30 pessoas, mas é super tranquilo e todo mundo consegue ouvir bem e entender todas as explicações. Quem nos orientou durante o tour foi o sommelier Jailson Silva, que há 19 anos trabalha na Vinícola Góes.
O tour começa com uma breve introdução sobre os diferentes tipos de vinhos e tipos de uvas e um vídeo que explica toda a trajetória da família Góes. Os fundadores são de origens portuguesas e hoje estão na terceira e quarta geração. A história começou na década de 30, antes com vinho artesanal. Roque Góes e Gumercindo de Góes criaram a Vinícola Palmares e em 1963 se separaram. BellaQuinta ficou com Roque Góes e a Vinícola Góes com Gumercindo de Góes. São três fábricas: duas em São Roque e uma no Rio Grande do Sul.
Para muitos isso já deve ser óbvio, mas para nós que somos amantes de cerveja e fomos pela primeira vez a uma vinícola, uma coisa legal que aprendemos que é o Vinho Tinto/Branco de Mesa é feito da Uva que pode ser servida à Mesa, ou seja, da uva que você come. E, o Vinho Tinto/Branco Fino é o vinho feito da uva com muita casca e pouco liquido, ou seja, daquela que você não come. A maioria dos vinhos que se faz com essa uva é o vinho seco.
A linha Tempos é toda feita em São Roque, assim como a Linha Góes e o seu diferencial são uvas finas cultivadas na própria cidade. Quando Gumercindo fundou a vinícola Góes todo o processo do vinho era feito no espaço onde visitamos, em tanques de alvenaria revestido com parafina, usados até hoje. Não há diferença nos vinhos armazenados nas piletas ou nos tanques de inox, o que foi necessário é que a vinícola fosse modernizada e por isso existem os dois tipos de armazenamento hoje.
Também passamos por duas enormes Pipas de armazenamento do vinho de mesa e também pelas barricas. O sommelier indicou as diferenças: quando o vinho é amadurecido e tem o sabor do carvalho, ele fica armazenado em barricas bem menores. Elas armazenam 230 litros para que possam pegar melhor o sabor da madeira, diferente das pipas que armazenam muitos mil litros, justamente para não pegarem o gosto da madeira.
A Vinícola Góes hoje produz 50 mil litros de vinhos por dia, o que corresponde a aproximadamente 7,2 mil garrafas por hora. Jailson Silva explica que a questão da tampa de rosca substituindo as rolhas nas garrafas de vinho tem um porquê. “Normalmente os que são engarrafados com tampas de rosca são vinhos para consumo rápido, aquele que você compra para tomar hoje mesmo no jantar com os amigos, ou que vai tomar uma taça e guardar na geladeira para tomar mais amanhã. Não quer dizer que é um vinho de má qualidade, apenas um vinho para ser consumido rapidamente”. Segundo Silva, a rolha é usada mais em vinhos de guarda, aquele que você consome cinco, dez anos depois de comprado.
Depois de toda a explicação você poderá degustar três diferentes tipos de vinho e um espumante e ainda aprender mais sobre como degustar corretamente cada um dos tipos selecionado para aquela visita especificamente. Como o próprio sommelier brinca, com certeza, é a melhor parte. E por fim, se deliciar escolhendo o vinho que mais gosta para levar para casa.
Durante o mês de julho há atrações no vinícola todos os sábados e domingos, tanto para os adultos como para as crianças. Lá no mesmo complexo onde se encontra a Vinícola Goés, ainda é possível conhecer a Vinícola BellaQuinta (também da família, mas concorrente da Góes) e a casa de licores Espaço Giullians. Há também uma casa de salgados, o Quiosque da Dinda, com lanches de pernil e espetos e o restaurante Boteco do Batata, onde almoçamos. O local possui um ótimo atendimento, mas o sabor dos pratos deixou a desejar. Mas, foi nossa escolha para não sair do espaço, já que tinha tudo por lá.
Foi um passeio para passar o dia e recomendamos super. Ah, e uma dica é ir pela Rodovia Raposo Tavares, pois além de ser mais perto acessar a Estrada do Vinho, não tem pedágio 🙂
*agradecimento especial à assessoria de imprensa da Vinícola Góes pelo convite.
Janaína Leme / Eu Já Estive Em