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Eu Já Estive Em “Woody Allen – a autobiografia”, escrito pelo próprio diretor

Quem me conhece sabe que eu amo Nova York. E como apaixonada pela cidade, amo os filmes que retratam a cidade e foi assim que descobri Woody Allen, já que boa parte de seus filmes tem a Big Apple como pano de fundo.

Não li sua autobiografia buscando uma resposta para tudo o que se fala sobre ele, mas porque, como jornalista, sempre gosto de ter acesso ao máximo de versões possíveis de um fato, e porque não saber do próprio Woody Allen, que no próprio livro comenta que espera que o leitor não tenha comprado o livro apenas para saber o que ele fala sobre seu relacionamento com Soon-Yi e sobre as turbulências envolvendo Mia Farrow, mas tenho que admitir que minha intenção em ler foi essa mesmo.

Foi interessante saber como ele começou a carreira. Ele batalhou bastante para ter sua primeira “piada” publicada em um jornal, depois os palcos do stand-up, os textos para programas de TV, e só depois os filmes. Mas lendo o livro pude perceber o quanto ele tem como perfil “o mundo gira em torno do meu umbigo” e usou a fama para ter bons relacionamentos, sejam profissionais, sejam amorosos. Passou seus perrengues para crescer profissionalmente sim, mas depois que despontou, também não queria menos.

Obviamente, esse texto conta brevemente minhas impressões sobre o livro sem qualquer julgamento, mas sou bem tranquila quanto a isso, porque o próprio Woody Allen também conta no livro que nunca leu uma resenha na vida. Brincadeira à parte, sim, ele diz nunca ter lido uma crítica aos seus filmes por dizer não estar interessado na opinião dos críticos /ou da imprensa, mas eu acho que ele se contradiz quando fica um bom tempo falando do Oscar – se não quer saber da crítica, eu acho que não deveria se importar com reconhecimento, enfim.

E, sim, ele fala sobre seu relacionamento com Mia Farrow, sobre seu relacionamento com Soon-Yi, como foi rechaçado depois das acusações de assédio sexual à filha Dylan e quanto isso abalou sua carreira e o distanciou de muitas pessoas do seu meio. Eu, particularmente acho que isso se refletiu também na qualidade de seus filmes, que a meu ver, passaram a ser mais blasé, meio que querem passar desapercebidos. E, qual é meu filme preferido? Whatever Works (Tudo pode dar certo), de 2019.

Sinopse: nesta autobiografia hilária e ao mesmo tempo poética, como brado diretor, comediante, escritor e ator, Woody Allen oferece um olhar pessoal e bastante completo sobre sua vida repleta de polêmica e conquistas. Começando com sua infância no Brooklyn e passando pelos dias como roteirista-assistente de grandes nomes da era de ouro de grandes nomes da era de ouro da comedia televisiva norte-americana, Woody fala a respeito das dificuldades do inicio da carreira, quando fazia apresentações de stand-up em clubes obscuros e, com seu estilo único, relembra como acabou migrando para o cinema com comédias pastelão como Um assaltante bem trapalhão, e revisita sua longa e produtiva carreira, que já dura sessenta anos. Woody foi responsável pelo roteiro e a direção de obras que marcaram gerações como Noivo neurótico noiva nervosa, Manhattan e Annie e suas irmãs e produções mais recentes, incluindo Meia-noite em Paris e Um dia de chuva em Nova York. Entre um filme e outro, Woody fala sobre seus casamentos, romances, amigos famosos e anônimos, sua relação com o jazz, seus livros e suas peças. De forma corajosa, ele encara seus fantasmas, avalia seus erros e sucessos e relembra aqueles que amou e com quem trabalhou e que lhe ensinaram lições valiosas. Woody não se poupa de nenhum assunto. Ele esmiúça sua conturbada relação com a ex-namorada e estrela de vários de seus filmes Mia Farrow, cujas acusações nunca comprovadas de abuso sexual contra Dylan, a filha adotiva do casal, ameaçaram seriamente a carreira do diretor; seu polêmico casamento com Soon-Yi; o rompimento da longeva amizade com o banqueiro brasileiro Jacqui Safra, financiador de vários de seus filmes; a desistência da gigante editorial Hachette de publicar esta biografia às vésperas do lançamento e como a política do cancelamento fez com que ele fosse demonizado, mesmo após ser declarado inocente de todas as acusações que sofreu. Este é o autorretrato divertidíssimo e profundamente honesto do mais celebrado e controverso cineasta do nosso tempo.

Allan Stewart Könisgberg, mais conhecido como Woody Allen, nasceu emu ma numerosa família judia no Brooklyn, na cidade de Nova York, em 1935. Escritor, clarinetista, roteirista e cineasta, escreveu e dirigiu mais de 50 filmes.

Woody Allen – a autobiografia, tem 326 páginas e foi publicado pela Editora Globo. À venda nas livrarias de todo o Brasil.

Janaína Leme

@eujaestiveem

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